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quarta-feira, 19 de maio de 2010

Investimento em segurança pública melhora turismo na Colômbia

O investimento em segurança pública foi uma das ações desenvolvidas pelo governo da Colômbia que levaram à expansão do setor turístico-hoteleiro local.
15 de Setembro de 2009.
O investimento em segurança pública foi uma das ações desenvolvidas pelo governo da Colômbia que levaram à expansão do setor turístico-hoteleiro local, disse ontem (14) à Agência Brasil o vice-presidente de Investimentos Estrangeiros da Proexport Colombia, Juan Carlos González. Ele participa da 2ª Conferência Sul-Americana de Investimentos em Hotelaria e Turismo (Sahic, da sigla em inglês), no Rio de Janeiro.
Essa é uma das principais preocupações do governo. Ele assegurou que houve uma mudança fundamental no país com a melhoria do nível de segurança. “Hoje em dia, cidades como Bogotá, Medellín e Cartagena têm uma taxa de criminalidade menor que muitas outras cidades da América Latina e, inclusive, dos Estados Unidos”. Por isso, aumentou o turismo no país, afirmou. A Proexport é a organização que responde pela promoção do turismo internacional, exportações e investimentos estrangeiros na Colômbia.
Com um total de 1,5 milhão de turistas estrangeiros entrando atualmente no país, contra 500 mil em 2002, a Colômbia vem experimentando um aumento consistente também de investimentos internacionais na área de hotelaria. Em 2002, os recursos estrangeiros no setor somavam US$ 2 milhões e, este ano, devem atingir em torno de US$ 700 milhões. Nos últimos sete anos, os investimentos internacionais no setor hoteleiro daquele país subiram 189%.
Juan Carlos González destacou o trabalho conjunto que vem sendo empreendido pela Colômbia e o Brasil na promoção de exportações, investimentos e turismo. “O Brasil é um país prioritário para nós”. Lembrou que desde o ano passado, não há necessidade de apresentação de passaporte entre os dois países, o que facilita muito o trânsito de colombianos e brasileiros. Do mesmo modo, o aumento das frequências aéreas bilaterais contribuiu para incremento do turismo nas duas nações.
González revelou que, por meio do Proexport, a Colômbia montou uma estratégia de promoção de recursos turísticos novos, com produtos específicos, como o turismo cultural e o turismo de aventura, sem esquecer o turismo corporativo e a área de saúde.
Graças às iniciativas da Proexport, a reunião do Fórum Econômico Mundial para a América Latina de 2010 será em Cartagena, na Colômbia, informou. “Esse é um evento que até alguns anos não se imaginava que poderia ocorrer na Colômbia, pela questão da segurança, principalmente”.
O vice-presidente da Proexport disse que para atrair os investimentos estrangeiros em hotelaria, o governo colombiano decidiu isentar obras de construção ou reforma de hotéis do pagamento de impostos pelo período de 30 anos. “É um incentivo único na América Latina”.
Juan Carlos González informou que o número de quartos nos hotéis da Colômbia vem crescendo em torno de 25% ao ano. Em 2004, o setor registrava 55 mil vagas. Até 2011, a meta é chegar a 70 mil. A ocupação hoteleira também evoluiu de forma positiva, passando de 40% para 60% hoje. “Enquanto no mundo o turismo foi afetado pela crise financeira internacional, decrescendo 7%, na Colômbia o turismo está crescendo 10%. Então, existe bastante potencial”, afirmou.
No Brasil, a Embratur não dispõe de estudo que relacione o aumento do investimento em segurança pública a um possível crescimento do número de turistas estrangeiros no país. “Ao contrário, os números disponíveis mostram que a segurança pública não é vista como um problema relevante para o estrangeiro que visita o país”, informou a entidade, por meio da assessoria de imprensa.
A Pesquisa da Demanda Turística Internacional, realizada pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) para a Embratur, revelou que 78,8% dos turistas estrangeiros que visitaram o Brasil, em 2007, avaliaram a segurança pública do país de forma positiva.
O Plano Aquarela, de promoção do turismo nacional no mercado mundial, “leva em consideração as características do país, que diferem muito da realidade da Colômbia, que tem enfrentado os seus problemas de forma competente e criativa, de acordo com as suas necessidades”, diz a nota.
A Embratur, no entanto, reconhece que todas as ações empreendidas em termos de políticas sociais nos últimos anos, incluindo a área de segurança pública, contribuem de maneira favorável para ampliar o interesse dos turistas estrangeiros em visitar o Brasil.

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